Tempo de rumar para a India.

21:41

GEORGE BROWN COLLEGE | ÍNDIA | PARTY 

O que se faz a uma quarta-feira a seguir as aulas? Vai-se a uma festa Indiana como é óbvio! Mais um evento organizado pela associação do colégio no edifício principal. Acho que não me vou cansar disto.
Conviver com novas culturas? Conhecer novos rituais? Conhecer novas ritmos? Novas danças? Novos sabores e saberes? Estou no sítio certo, há hora certa e a minha querida (nova) amiga Venezuelana está lá sempre comigo. Hoje foi Europa, América Latina e Índia, e todas as outras culturas juntos. 

Houve tempo de uma saudação inicial, onde nos desenharam o tal ponto vermelho entre as sobracelhas, que costumamos observar. Esse ponto chama-se Bindi e no momento apenas nos saudou a entrada na festa, mas o seu significado é bem maior. 

Tempo houve também para ouvir e dançar ao som de músicas que habitualmente não costumo ouvir. E se me ri!! Já sei uns passos novos, que se vos ensinar arrasarão na pista de dança. Excelente! :) E com mais tempo e com tanta energia gasta na dança, foi hora de provar os pratos tradicionais. Toca a preparar as mãos que é tempo de comer sem talhares. No fim, toca a descobrir mais um pouco de tradição e desta vez foi tempo de uma obra de arte na mão, chama-se Mehendi.

As vestes a rigor não faltaram, todo o espírito estava lá e mais uma vez aquele sentimento que culturalmente estás a ficar mais rica acompanhou tudo isto. Sinto-me grata por estar aqui. Por estar nesta excelente escola, que me está a dar oportunidades fantásticas. 

C O O L T U R A 
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Bindi é um apetrecho utilizado no centro da testa, e é tradicional da Ásia Meridional. Pode ser uma pequena quantidade de tinta aplicada no local ou uma jóia.
O Sagrado Ponto Bindi ou (também conhecido como Kumkum, mangalya, tilak, sindhoorentre, etc) é uma maquilhagem utilizada na testa pelas mulheres indianas. O termo é derivado da palavra Bindu, que em Sânscrito significa ponto. Normalmente é um ponto vermelho feito com Vermilion (sulfato de mercúrio vermelho brilhante finamente pulverizado). Considerado o símbolo sagrado de Uma ou Parvati, o bindi simboliza a força feminina (shakti), e acredita-se que proteja as mulheres e os seus maridos.
Tradicionalmente é um símbolo de casamento (por isso as viúvas não utilizavam), hoje é utilizado por mulheres solteiras e também por mulheres de outras religiões. Atualmente não se restringe mais a cores e formas específicas, os bindis são vistos em várias cores e formatos e são feitos com adesivos e feltros.
Poucos indianos possuem o "encaixe" original (genético) do bindi ainda hoje. Porém, estes são vistos como pré-dispostos com mais intensidade para a clarividência. De forma que o bindi "ajudaria" e/ou daria um "poder" maior a estas pessoas.
Acredita-se ainda que as odaliscas usavam o Bindi porque acreditavam que esse Terceiro Olho ajudaria na sedução.

Mehendi é a tatuagem de henna muito usada nas cerimônias de casamento, especialmente porque é associada à transcendência e a transformação. Em geral, as noivas na Índia têm a sua pele pintada pelas amigas e membros da família que passam horas juntas e aproveitam para conversar sobre a lua-de-mel. Enquanto a tatuagem durar,a noiva não faz nenhum serviço em casa, apenas se desejar. As noivas indianas costumam esconder as iniciais do futuro marido entre a teia de símbolos hindus que vão tomando conta do corpo. Na noite de núpcias, os homens têm de encontrar as suas iniciais. Porém, no dia-a-dia, é normal ver as mulheres indianas tatuadas também. Também faz parte da tradição hindu pintar com mehndi mãos e braços para o casamento. Hoje em dia esta arte é apreciada não só nas ocasiões religiosas ou rituais. Mais conhecida pela sua história na Índia, o mehndi é uma arte com 5.000 anos. Arte temporária desenhada no corpo com o pó da henna, derivado da planta Lawsonia inermis, muito comum no Sudão, no Egipto, na maior parte dos países norte-africanos, no Médio Oriente, e em outras zonas de clima quente e seco. Os motivos dos desenhos variam tradicionalmente em quatro estilos distintos, segundo Aileen Marron, autora de The Henna Body Art Book. O estilo do Médio Oriente, com motivos florais inspirados nos desenhos e tecidos árabes; o norte-americano, com motivos florais geométricos; o indiano e paquistanês, nos pés e nas mãos para criar a ilusão de luvas e meias feitos com linhas e desenhos Cashmira (tipo lágrimas), repetidos. O indonésio e do sudeste asiático é uma mistura de desenhos do Médio Oriente com cores também nas unhas das mãos e dos pés. Ao lado dos tradicionais, recentemente entrou na moda um novo desenho, o céltico, com nós e laços.


Bindi




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