.agirlmanydreams: janeiro 2016

Deux mil seize

Chegaste depressa demais ou talvez tenhas chegado no tempo certo. Eu é que não dei pelo passar do ano anterior. As semanas dele não tinham semana, nem fim de semana. Eram apenas dias. Sabia apenas que uma semana tinha passado pois quando dava conta já era novamente sexta-feira. E não, para mim o amanhã não era fim de semana. Foi assim. Fevereiro trouxe-me dias e dias de trabalho. Agradeci-lhe do fundo do coração. A certo ponto o cansaço físico já não se sentia. Era uma questão de hábito e de se gostar daquilo que se faz. E um ano se passou. Não dei por ele. É. Fevereiro. O mês que deu início à minha loucura de ano. À minha loucura de dias. O mês que me trouxe alguém para junto de mim. Talvez porque soubesse que assim seria tudo mais fácil. Sabia tão bem aquele ombro, aquele conforto. Sabe sempre bem ter as pessoa que amamos por perto. E a vida tomou outro sabor outra vez. Mas a vida não te dá algo sem que te peça outro algo em troca. Há uns tempos para cá vejo isso como desafio, como um teste, um à prova. É isso. A vida põe-te à prova. E portanto fevereiro trouxe tudo o que implica uma outra pessoa vir para aqui, para junto de nós, e recomeçar do zero. Fevereiro trouxe a mudança de cidade. A procura de casa. O começar a viver a dois. Etc. Etc. A certo ponto o cansaço físico e psicológico já não se sentiam. Era uma questão de hábito e de amar e querer. Os dias que não os vi passar trouxeram novos desafios, aventuras e conquistas. Trouxeram novas pessoas. Trouxeram novos sonhos e descobertas. Trouxeram dúvidas e certezas. E talvez mais dúvidas que certezas e os últimos dias não foram simpáticos, de tantas que eram as dúvidas. Mais uma vez a vida sempre a pôr-nos à prova. Chegaste no tempo certo. O tempo chega sempre no timing perfeito. Não seja ele comandado pela vida. Ou a vida comandada por ele. Chegaste e aqui estou eu para saber o que me preparaste para estes teus próximos 366 dias. De qualquer das formas, não me preparaste nada que eu não possa ter um pouco de mão nisso. Porque a final apenas me indicas caminhos, mas sou eu que traço as rotas. Abraço-te como sempre abracei novos começos.